FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA ANALÍTICA - Curso de Extensão
Sobre o Evento
O Serviço de Psicologia do Departamento de Educação Campus I da UNEB constitui-se como uma unidade de apoio ao ensino, pesquisa e extensão acadêmica, devendo responder à função de suporte às atividades e projetos desenvolvidos pelo corpo docente e discente do Curso, na perspectiva de melhor formar o estudante, aspirante à analista.
Sendo assim, faz-se necessário um espaço de acompanhamento, através de conversações, debates, oficinas, eventos, grupos de estudo, estudos de caso, atendimento e supervisão nas diferentes abordagens analíticas.
Uma dessas abordagens diz respeito à Psicologia Analítica, linha em ampla expansão mundial e nacional, que busca apoiar pessoas, em qualquer faixa etária, na busca de seu processo de realização pessoal, bem-estar e vida em sociedade da maneira mais produtiva e equilibrada possível.
Na visão junguiana, o analista em formação precisa realizar experiências de atendimento clínico com supervisão adequada, a fim de poder construir sua identidade profissional que passa, também, por uma formação pessoal.
Sendo assim, os estudantes que apresentarem uma identificação com essa linha terapêutica e que considerarem importante como suporte para a sua ampliação de conhecimento, na área da psicologia analítica, encontrarão um espaço para estudo, conversação, interação, prática clínica e supervisão.
Como se trata de uma Universidade, não é aconselhável que a mesma desenvolva pesquisas somente em torno de uma ou duas linhas psicoterapêuticas. É de fundamental importância apresentar ao estudante de psicologia outras abordagens, a fim de que no término da sua formação possa escolher a sua linha de preferência, pois muitas são completamente divergentes, tanto na visão teórica, epistemológica e filosófica, quanto na prática clínica, propriamente dita.
A Psicologia Analítica foi fundada por Carl Gustav Jung que, inicialmente, estudou e fez parceria de trabalho com Sigmund Freud, pai da Psicanálise que viu em Jung a possibilidade de dar continuidade às suas pesquisas, experimentos e prática médica.
Durante um longo período, Freud e Jung estabeleceram longos diálogos e acompanhamentos de pacientes em comum, onde, na maioria das vezes, Freud representava para Jung um conselheiro, um modelo, um mestre.
Porém os estudos de Jung começaram a divergir do seu mentor, pois eram pessoas de orientação familiar e ambiental bem diferente. Jung publica um ensaio sobre Energia Psíquica, o qual Freud não aprova por não considerar com bases psicanalíticas. Por essa razão, acontece o rompimento entre eles e mais tarde Jung declara-se um homem religioso, o que faz com que Freud não continue sendo seu mentor, pois os fenômenos da espiritualidade nunca foram considerados, pela psicanálise, como elementos para análise dos pacientes.
A partir daí, muitos outros pontos começam a separar os dois e Jung decide se afastar definitivamente de Freud. Jung, então, funda a Psicologia Analítica que tem como base, além da consciência regida pelo ego, dois inconscientes: pessoal e coletivo.
Jung inaugura sua teoria a partir dos estudos dos complexos e consolida o termo arquétipo como norteador do inconsciente coletivo. Nascem, assim, os pressupostos da teoria junguiana.
Carl Gustav Jung busca mapear o aparelho psíquico a partir da força entre dois opostos que ele intitula persona e sombra e com essa referência trata seus pacientes, a fim de que possam se curar da neurose ou adaptar-se melhor à psicose, de maneira a integrar a personalidade, através da ligação entre o Self e o ego; consciência e inconsciente.
Com essa perspectiva, Jung conhece várias civilizações, estuda filosofia profundamente e vai além com os estudos da alquimia, onde estabelece uma relação da psique com a transformação do metal em ouro (pedra filosofal).
Jung se utilizou do estudo e análise da sua própria personalidade, postulando assim, o conceito do processo de individuação. Para ele, terapeuta e paciente formam no setting terapêutico o quaternário psíquico, onde ambos fazem parte do processo analítico intitulado como participacion mystique.
Nesse sentido, o Núcleo Junguiano da Uneb visa apoiar os estudantes em sua trajetória, de maneira que eles possam se submeter a um estudo e uma ampliação da consciência, a fim de atenderem melhor os pacientes e poderem compreender o método analítico, de maneira integrada à formação teórica.
O Núcleo abarcará todas as atividades ligadas ao exercício de formação em Psicologia Analítica, na graduação e também nos Cursos de Extensão, bem como grupos de estudo e supervisão dos pacientes que procurarem o serviço de atendimento clínico da Uneb.
Esse espaço nasce porque a formação acadêmica regular não compreende a carga horária necessária para uma formação adequada em Psicologia Analítica. A ideia é que exista um espaço delimitado para que seja procurado pelos estudantes que desejarem conhecer e aprofundar seus estudos nessa abordagem.
II. OBJETIVO GERAL
Atender a demanda de estudantes interessados em outras linhas de trabalho analítico, além do currículo oficial contemplado na formação acadêmica regular.
Além disso, visa ampliar o olhar do profissional psicólogo para que o mesmo reconheça que o aparelho psíquico pode ser analisado sob vários ângulos e tratado de maneira diversificada, com diferentes técnicas e métodos de análise
III. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
* Fornecer subsídios teóricos e práticos numa abordagem junguiana;
* Apoiar os estudantes para atenderem pessoas de qualquer faixa etária com demanda analítica;
Programação
Atividade do Evento | Início | Término | Palestrante |
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Aulas do Curso de Extensão - Sábados - 09h às 12h | 11/03/2017 09:00 | 10/06/2017 12:00 | Iris Ribeiro de Sá |