Encontro de Direito e Literatura: A polícia da memória (Yoko Ogawa)

Sobre o Evento

O Projeto de Extensão Justiça, Ficção e Sociedade: encontros de Direito e Literatura promove o encontro e debate sobre o romance A polícia da memória, da escritora japonesa Yoko Ogawa (Estação Liberdade, 2021). O romance acompanha uma escritora em uma misteriosa ilha em que coisas, lembranças e afetos desaparecem enquanto a população é ameaçada por uma polícia secreto em busca daqueles que resistem ao desparecimento da memória (individual e coletiva). Cercado de delicadeza, sutileza e beleza esta distopia aponta para dilemas nossos e pertinentes também ao Direito.


SOBRE A OBRA

A polícia da memória, publicado originalmente em 1994, chega ao Brasil pela Estação Liberdade. O livro, finalista do International Booke Prize 2020, e do National Book Awards 2019, foi traduzido em diversos idiomas e, mais uma vez, marca o talento da escritora contemporânea Yoko Ogawa. Em narrativa melancólica, o leitor é conduzido ao submundo das memórias perdidas. Em tom de ficção cientifica, uma ilha governada por policiais que buscam vestígios de lembranças. Na ilha, os objetos, casas, e famílias inteiras somem sem deixar vestígios. Sem que as pessoas sequer se atentem, e notem os desaparecimentos, pois as lembranças furtivamente também já se foram. Na trama, uma escritora tenta manter intactos resquícios de histórias, de algo que possa permanecer. Não é fácil, já que tudo ao redor desaparece, e ela não pode contar sequer com a própria memória. O leitor é convidado, instintivamente, a acessar o seu próprio arcabouço de lembranças, e percorre uma jornada de memórias que gostaria de preservar. Acessar as memórias é acessar, também, o que criamos e o que se mistura ao real. Ler A polícia da memória é embarcar no mais profundo do ser. Há uma pergunta que circunda toda a narrativa: Se pudesse, o que você preservaria intacto, e não perderia da memória? *

SOBRE A AUTORA

YOKO OGAWA nasceu em Okayama, Japão, em 1962. Sua vocação leitora foi despertada precocemente por clássicos infantis, graças a um sistema de assinatura de livros de que a família dispunha. Gosta de citar O diário de Anne Frank como uma referência decisiva para perceber a escrita como via possível e necessária de autoexpressão. Estudou escrita criativa e publicou diversos livros, entre ficção e não ficção. A autora vive atualmente em Ashiya, Hyogo — nas proximidades de Kyoto. Arrebatou todos os prêmios referenciais do meio literário japonês, pelas obras Diário da gravidez, A fórmula preferida do Professor, O enterro de Brahman, e por A marcha de Mina. *

Carga-horária: 2 h/a
Coordenação e mediação: Prof. Me. Ivandro Pinto de Menezes (UNEB)

*Fonte: Editora Estação Liberdade
** O evento será realizado de maneira remota.

Programação

Mais Informações