MULHERES NEGRAS EM MOVIMENTO PELO BEM-VIVER : INTERSECCIONALIDADES, NARRATIVAS DISSISDENTES E INSUBORDINAÇÕES

Sobre o Evento

O presente projeto se insere na programação anual do Julho das Pretas e tem por objetivo realizar um encontro que reúna temáticas do campo da

Educação e Ciências Humanas e Sociais a partir dos cursos de graduação e pós-graduação stricto sensu vinculados ao DEDCI. Para tanto, serão

realizadas mesas temáticas visando agregar produções de pesquisas, narrativas e experiências de mulheres negras, prezando pelo debate em

torno do feminismo negro das mulheres negras e suasEpistemologias Negrofeministas sob um viés multidisciplinar, multireferencial e decolonial. Parte-se da compreensão que na composição das epistemologias negrofeministas há intervenção Decolonial, por isso, busca-se para o campo da educação, problematizações, reformulações

curriculares partindo da reflexão critica do feminismo modelo branco universal, para um feminismo afro-latinoamericano, valorizando em sua

vertente a solidariedade fundada numa experiência histórica comum (GONZALEZ, 1983, p. 101), sendo na história da escravidão, nas formas de

opressões interseccionais ou nas experiências cotidianas das práticas racistas e sexistas. A tentativa não é de separar os grupos ou hierarquizar

as opressões, mas seguir o raciocínio de Lélia Gonzalez, e fazer articulações pensadas em conjunto para emancipar a todas e construir um novo

projeto de Estado onde a justiça e a liberdade das mulheres negras sejam abarcadas. O pensamento Decolonial defende que as sujeitas e sujeitos

oprimidos devem produzir suas próprias epistemologias a partir das suas vivências, da práxis negra, para compreender os processos históricos,

políticos, culturais e sociais, se distanciando do olhar teórico metodológico eurocêntrico. Para isso, precisamos reformular as epistemologias

reproduzidas no cotidiano universitário e nos espaços de produção e socialização do conhecimento. Dessa forma o presente projeto pretende

construir um espaço de produção, compartilhamento e difusão do conhecimento de experiências, narrativas, escrevivências e relatos de mulheres

negras em comemoração ao dia vinte e cinco de julho em celebração a mulher negra, latino-americana e caribenha. O evento estará organizado a

partir de círculos, oficinas e mesas temáticas que englobem tais dimensões propostas.


Programação

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